Ações envolvendo problemas psicológicos provindos de excesso de trabalho sem nexo casual
- guilherme741
- 27 de nov. de 2017
- 3 min de leitura
Excesso de trabalho é uma das ações mais questionadas na Justiça que as empresas enfrentam, mas, em alguns casos, é possível atestar que os transtornos alegados pelo funcionário não têm relação com a atividade exercida.
Ações envolvendo problemas psicológicos provindos de excesso de trabalho sem nexo casual é, hoje, a maior preocupação de grande parte das empresas, no mundo. No entanto, no Brasil, em alguns casos, a Justiça entende que o reclamante, muitas vezes, já possui propensão a desenvolver um quadro depressivo, bem como de doenças psicológicas, sem haver relação com a atividade de trabalho desempenhada. A seguir, entenda mais sobre casos de estresse por excesso de trabalho e aqueles passíveis de contestação.
Ações envolvendo problemas psicológicos provindos de excesso de trabalho sem nexo casual
Hoje, o mercado de trabalho é cada vez mais acirrado, com profissionais competitivos, em busca de melhores cargos e salários. O problema é que esta constante competitividade pode ser um agente causador do estresse, exterior ao trabalho, já que se limita a uma propensão individual. Casos como esse, no entanto, são utilizados como forma de argumento para funcionário contestar a empresa e alegar stress por excesso de trabalho.
Para fundamentar a questão, o perito deve expor os fatores que apontam que o reclamante desencadeou o tipo do transtorno, sem a intervenção ou pressão pela atividade exercida ou pelo ambiente de trabalho. Para isso, é possível apontar, por exemplo, como a instituição está preocupada em propiciar, cada vez mais, momentos de lazer aos funcionários. Algumas, por exemplo, disponibilizam academias de ginástica, assim como espaços "zen" ou áreas de entretenimento e descontração, pensando na melhor qualidade de vida aos seus empregados.
Estresses fora do trabalho
Existem outros fatores que comprovam ações envolvendo problemas psicológicos provindos de excesso de trabalho sem nexo casual. É preciso entender que o trabalhador possui uma vida social e emocional, fora do ambiente de trabalho. Portanto, é comum existir fatores externos ao trabalho e que também podem ser a causa do estresse.
Por isso, é preciso provar e deixar claro que o transtorno desenvolvido pelo funcionário está, obrigatoriamente, relacionado ao trabalho. Além do acirramento da competitividade no mercado de trabalho, há outras questões pessoais que podem ser a causa do problema e são levados em consideração pelos assistentes judiciais em uma perícia médica, tais como:
- Problemas financeiros;
- Problemas nas relações familiares e pessoais; - Decadência de valores familiares; - Consumo de drogas; - Problemas de alimentação, saneamento básico, estresse no transporte público e na moradia;
- Entre outros.
Problemas com funcionários estressados
Já que o estresse no trabalho e no ambiente social afeta, de forma geral, o ser humano, as empresas estão cada vez mais atentas ao problema.
É preciso entender que toda e qualquer empresa entende sobre as desvantagens com funcionários estressados. Nos Estados Unidos, por exemplo, o estresse chega a custar U$200 bilhões por ano às empresas. Os problemas externos ao trabalho resultam em ausências ao trabalho, perda de produtividade, problemas de saúde. Essas, inclusive, são questões que podem ser fundamentadas pelo perito durante o processo que comprova ações envolvendo problemas psicológicos provindos de excesso de trabalho sem nexo casual.
Funcionário estressado
Para evitar ações do tipo, a empresa precisa ficar atenta a cada funcionário e tratar, cada caso, de forma cuidadosa. Entre os sintomas que precisam ser identificados:
- Falta de concentração: Desmotivação profissional; conflitos interpessoais; Atitudes displicentes; Baixa qualidade; Faltas por problemas pessoais.
É preciso ficar atendo ainda ao “presenteísmo”, ou seja, há casos em que o colaborador comparece ao trabalho, mas é como se não estivesse no local.
Gerenciamento inteligente, por meio de programas que ensinam o funcionário meditar, incentivo à pratica de exercícios, bem como proporcionar momentos de lazer e a recreação. Além de resultar em bons resultados para a empresa, são fatores que podem ser utilizados como forma de contestação judicial de que a empresa preocupa-se com a qualidade de vida do colaborador, que está sujeito, diariamente, a interferência de problemas externos.
É o que tem feito empresas que conseguem provar as ações envolvendo problemas psicológicos provindos de excesso de trabalho sem nexo casual.
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